quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Entre o Céu e a Terra do Mar Mágico

Boas.
Estive a convite do pápá na ilha do Pico nos Açores. Ilha que está cotada nas 20 melhores do mundo para se viver. Para mim foi durante 10 dias. Coisa boa de terra, comida, mar, gentes e costumes. Consegui encaixar 7 canas e 3 carretos na bagagem, parece exagero e foi. Usei apenas uma e emprestei outras 2. Mas como o momento era unico não podia levar apenas 5 kilos de material, por isso levei 10. Espero que me perdoem os senhores ecologistas por ter gasto mais 5 litros de querosene do avião. Por isso é que demorámos mais 5 minutos a chegar á Horta.
Falando de pesca. Assim que cheguei fui logo montar a cana e segui directo para o pesqueiro mais próximo da casa. Pampos com fartura e todos XL. Como estava um puto a assistir ao espectaculo meti conversa com ele á procura das Anchovas, responde com algumas certezas mas o certo é que nem as vi durante os 10 dias. Valeu a troca de ideias e um pampo para o jantar dele. Logo de seguida veio a mãe do puto incredula no modo de pescar pampos ao Spinning. Fui Rei por 5 minutos.
Depois de sondar mais pesqueiros, tarefa dificil por serem quase todos excelentes e de fácil acesso, o meu pai indicou-me um que ficava num porto de abrigo de pescadores. Assim foi a noite mais louca do Spinning para mim.
Levei o amigo Leonel e a Teresa comigo para companhia e para ajudarem na faina. A coisa para o meu lado começou mal e com muito nervosismo á mistura. Os malandros maçaricos tiravam sargos bons e eu a spinar chuchava no dedo. Ainda troquei a bobine para monofilamento e tentei tirar sargos, népia.
Como o bichinho não acalmou lá recoloquei a bobine de multifilamento e perto das 2 da manhâ foi a dança das amostras. Poppers, jerks, sticks,e por ai fora. Decido meter a nova aquisição que tinha na embalagem escrito "Glow". Glow vai disto.
Passado 10 minutos lanço para perto das pedras da costa e sinto pancada na cana, sticada pra trás e corrida louca com inicio na praia e terminus a 10 metros á minha frente, afunda para baixo a toda a mecha e toma lá com a cana para levantares os queixos. Quando a vi (a mais pequena da sessão) fiquei a tremer. E agora como tiro isto da água sem luvas ou bixeiro???. "Teresa vai buscar um pau com um gancho ali áqueles barcos, rápido..." Vai de cansar a bicha e enrolar a linha na mão pela parte da baixada de mono e siga para a rua. Foi facil. Sem bixeiro mas com muita aflição.
Uma vez um Picaroto perguntou como pensava tirar os peixes grandes da água, eu disse "primeiro apanho o peixe e depois logo se vê". Foi assim.
Na senda de mais combates continuo a lançar a Glow por todos os quandrantes. Ferragem brutal e afundanço rápido e muito forte. "É agora que parto a cana", pensei com esperança. Senti um tremor e subita calma, nada, nem um movimento, "levou a amostra" pensei. Recupero a linha e tudo normal.
Volto á carga e logo a seguir nova ferragem, esta também é pesada, não tanto como a outra mas é jeitosa. "Teresa, preciso de ajuda, trás o bixeiro...". O Leonel lá ao fundo só se ria tipo hiena. Foi o combate do ano. Grandes arrancadas e muita raça. Peixe muito desportivo e com muita pinta.
Agradeço aos deuses do Mar por me terem dado a oportunidade de uma noite inesquecivél.
Obrigado Ilha do Pico.
As Tainhas dos Açores. Grandes, gordas, sapudas e cheias de pica. Esta não foi apanhada por mim, mas valeu o contacto directo.
O petisco pescado pela turma de continentais. Sargo e Bicuda para grelhar. Foi descer a rua para amanhar o peixe e deliciar as bocas da familia.

O maior sargo que vi sair á minha frente. Pescado pela minha Teresa com alguma mistura de gritos, dasajeitanço mas muita alegria final. Estava um pitéu.

Um dos estreantes pescadores que ali foram comigo. Leonel e o seu riso de incredulo por sair tanto peixe em tão pouco tempo. Estava louco. Tirei-lhe os 3 da pesca e gostou. Acho que quando se inteirar está a fugir de casa para pescar.

O meu recorde pessoal batido. 2 Bicudas. Uma delas com mais de 4 e menos de 7 kilos ehehehe.
Foram 2 combates inesqueciveis. Ferragem firme para posterior arrancada a toda a mecha. Peixe muito combativo e com uma cara de poucos amigos quando sai da água.

A montanha sempre presente. Omnipresença constante.

O salto do puto que há em mim.

Os Pampos a irem na conversa de um continental maluco por pesca.

Este era XL e mostrou a sua raça. Combativo. Nunca apanhei douradas do mesmo porte mas imagino uma sticada igual.






O momento Kodak.

Entre o Céu e a Terra do Mar Mágico.
Inté pró ano.

Pico2009Açores

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