quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Reflexão


A vida reserva-nos surpresas para as quais não estamos preparados.
Numa certa vez em conversa com um amigo, que nunca vi em pessoa, esclarecemos por telefone um bicho de sete cabeças, na minha cabeça, em segundos. Ficou a voz agradável e o sorriso nos lábios de tudo esclarecido com todas as palavras. Foi educado e deu-me a sensação de afinal não ser uma pessoa complicada, não teve reservas em tranquilizar-me e inclusive deu-me alento para um dia fazer-mos um projecto em conjunto.
O tempo passou e a nossa relação resumia-se a trocas de palavras cibernautas. Por vezes ficava com a sensação de ser uma pessoa com fortes convicções e inabalável no rumo que queria das coisas, da vida, da família, dos amigos.
Combinámos uma vez encontrar-nos no Guincho para um passeio de mota,cada um na sua, para trocarmos ideias e desfrutar de um passeio à beira mar. Não tivemos oportunidade por causa dos seus compromissos familiares e adiou-se para outra altura e com menos vento.
Certa vez encontrei-me com pessoal para spinar no Estoril e lá estava o carro dele. Fui para o pesqueiro com a malta e com a expectativa do o conhecer finalmente em pessoa.
Eu fui para Sul e ele estava a Norte. Entretanto ele foi embora antes de termos terminado a grade.
Bolas...será que me anda a evitar??.
O tempo passou e fiz questão mental para o ir conhecer em pessoa no dia 25 de Abril ao Magoito numa prova organizada pelas suas convicções. Eu iria aparecer e agora não me escapava.
Mais uma vez a vida ensinou-me uma grande lição.
Se quiseres fazer um amigo fá-lo hoje, amanhã pode ser tarde demais.
Fiquei chocado,triste e com uma sensação de vazio com a passagem do Luís Vicêncio para o Mar da Tranquilidade. Tão cedo e ainda por cima com desencontros tão estúpidos.

Tenho a certeza que nos iremos ver um dia pescando lado-a-lado nesse mar de Paz.

Ao Luís Vicêncio o meu obrigado por me ter ensinado que na vida os amigos não se adiam, que as convicções são a nossa base humana e que a força de vencer não é uma coisa de sorte.

As minhas condolências à família e amigos chegados.
Paz à tua Alma Luís

Um abraço
Nuno

domingo, 12 de abril de 2009

CarPáscoas




Decidimos partir para o palco central ainda antes de sabermos que o tempo para mares estava de caca.
Lá fomos falando da vida e fazendo o caminho com calma e sem pressas.
Chuviscou no pára-brisas e o movimento das escovas não fazia um bom augúrio do dia.
Mais a sul as nuvens mais dispersas davam algum alento e o sol entrava em intervalos quentes.
Chegados ao local procuramos ficar com o vento de costas mas a decisão certa era difícil , pois rodava e perseguia as nossas linhas fosse onde fosse.
Como a pesca é uma terapia antes de ser uma coisa fashion,patrocinada,achincalhada ou sujeita a pressões fiz o que devia fazer. Dei uma cana à Teresa e ela lá iniciou a terapia. Estava a precisar de ter o pensamento noutro objectivo, noutra luta, concentrar-se noutra merda que não a pele da primavera. Como a percebo.
Montei um feeder para ela curtir uns arranques e eu fiquei à inglesa.
Levei balinho da Madeira, do Tony, do JaquimZé e do catano das carpas. Quando dei por mim já levava 4 a zero da Teresa. Era o "panaleiro" do anzol que tinha um design curvo e quando queria ferrar não fazia a sua função. Eram da Quantum e podem ficar com todos.Não quero nem mais 1.
Troquei para a velha guarda e vai de milho doce. Foi um virote enquanto o sol espreitava entre pestanas de nuvens.
O carreto cantou e tive luta com uma carpita jeitosa. Daquelas que nos fazem feliz de moço de fisga. Daquelas que nos fazem sentir que o mundo tem sentido e há lugar a coisas boas.
Daquelas meninas douradas e beijoqueiras. Nharicameninagostosa.
Esta pesca nada tem a ver com amostras, é outro mundo novo e muito pacifico.
Tem um modo zen e o silêncio do campo é outra vibração, contrasta com o reboliço do mar e dá para ouvir a nossa respiração.
É para continuar.

Obrigado Mário Ramos.

Abraço
Nuno

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Torrão Abril




Começou à 1 ano atrás o meu namoro pela pesca de água doce na modalidade de Inglesa.
Os amigos Marios R. e B. sempre abriram-em esta porta e a pesca entrou.
Já tinha um certo fascínio pelas massas de água doce do nosso rico Ribatejo, começou com capturas de fatassas e barbos com montagem de bailarina iscadas com minhoca da terra.
Que belas tardes de contemplação passei, e ainda passo, num monte de pedras graníticas com vista superior para o grande Tagus. A agua vem de longe e foi turbinada montes de vezes, mas por mim passa em remanso e apazigua o espirito.
Estas fotos são de outro remanso com o mentor e paciente Mario Ramos, amigo boa onda e sempre com paciência para aturar os putos.
Valeu as dicas e o espectáculo de ver um homem a trabalhar uma cana de francesa a tirar carpas com teimosia, só querem ir para a frente.
Obrigado amigo.

Nuno

Pico2009Açores

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