domingo, 12 de abril de 2009

CarPáscoas




Decidimos partir para o palco central ainda antes de sabermos que o tempo para mares estava de caca.
Lá fomos falando da vida e fazendo o caminho com calma e sem pressas.
Chuviscou no pára-brisas e o movimento das escovas não fazia um bom augúrio do dia.
Mais a sul as nuvens mais dispersas davam algum alento e o sol entrava em intervalos quentes.
Chegados ao local procuramos ficar com o vento de costas mas a decisão certa era difícil , pois rodava e perseguia as nossas linhas fosse onde fosse.
Como a pesca é uma terapia antes de ser uma coisa fashion,patrocinada,achincalhada ou sujeita a pressões fiz o que devia fazer. Dei uma cana à Teresa e ela lá iniciou a terapia. Estava a precisar de ter o pensamento noutro objectivo, noutra luta, concentrar-se noutra merda que não a pele da primavera. Como a percebo.
Montei um feeder para ela curtir uns arranques e eu fiquei à inglesa.
Levei balinho da Madeira, do Tony, do JaquimZé e do catano das carpas. Quando dei por mim já levava 4 a zero da Teresa. Era o "panaleiro" do anzol que tinha um design curvo e quando queria ferrar não fazia a sua função. Eram da Quantum e podem ficar com todos.Não quero nem mais 1.
Troquei para a velha guarda e vai de milho doce. Foi um virote enquanto o sol espreitava entre pestanas de nuvens.
O carreto cantou e tive luta com uma carpita jeitosa. Daquelas que nos fazem feliz de moço de fisga. Daquelas que nos fazem sentir que o mundo tem sentido e há lugar a coisas boas.
Daquelas meninas douradas e beijoqueiras. Nharicameninagostosa.
Esta pesca nada tem a ver com amostras, é outro mundo novo e muito pacifico.
Tem um modo zen e o silêncio do campo é outra vibração, contrasta com o reboliço do mar e dá para ouvir a nossa respiração.
É para continuar.

Obrigado Mário Ramos.

Abraço
Nuno

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